No Afeganistão, após o sismo que ocorreu na última semana, deixando pelo menos 1. 150 mortos e quase dois mil feridos, procuram-se ainda por sobreviventes ao mesmo tempo que se enterram os mortos.
A ajuda humanitária tem chegado à capital, Cabul, mas é difícil chegar à região mais afetada.
Em entrevista à BBC, Ramiz Alakbarov, representante adjunto do secretário-geral no Afeganistão, confessa que a falta de desenvolvimento do país está a dificultar a ajuda humanitária às vítimas. “Estamos a lidar com uma catástrofe diante da catástrofe, não há internet, comunicações, desenvolvimento de infraestruturas.”
“Para se ter uma ideia, os nossos caminhos levam quatro ou cinco horas para fazer dez quilómetros. Estão a levar tendas, carregados, e outra ajuda humanitária”, explica.
“Uma situação muito difícil que na sua origem tem uma catástrofe aliada à falta de desenvolvimento”, conclui.
Estima-se que quase 400 mil pessoas nas províncias de Paktika e Khost, que foram as mais afetadas, precisem de ajuda urgente.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) intensificou a resposta à crise sanitária no Afeganistão com o envio de quase 10 toneladas de medicamentos e material médico.
Em comunicado, o escritório desta agência das Nações Unidas para o Mediterrâneo Oriental, com sede no Cairo, Egito, indicou que o reforço é suficiente para realizar 5.400 cirurgias e tratamentos médicos para 36.000 pessoas durante os próximos três meses.
A OMS também está a enviar especialistas em saúde mental e apoio psicossocial para prestar aconselhamento de emergência às famílias afetadas pelo sismo.
Segundo a Unicef, pelo menos, 121 das mais de mil mortes são de crianças, assim como 67 dos mais de dois mil feridos.