A burocracia está a dificultar o acolhimento em lares dos doentes que permanecem internados por motivos sociais.
O presidente da Confederação Nacional das Instituições Particulares de Solidariedade Social (CNIS) diz que "já era tempo de haver maior desenvolvimento" nesta questão.
Quase um mês e meio depois da publicação da portaria que permite o acolhimento em lares dos doentes que permanecem internados por motivos sociais; o padre Lino Maia lamenta a lentidão do processo.
"O processo começou com a publicação da portaria, mas penso que já era tempo de haver de facto maior desenvolvimento", diz à Renascença.
"Há muitas pessoas que estão nos hospitais com alta clínica e sem terem para onde ir. E era importante que fossem canalizados para as respostas que já existem, mas por razões burocráticas, o processo está a ser lento, e muitas dessas pessoas ainda não tiveram alta social.”
As Instituições Particulares (IPSS) e as Misericórdias prontificaram-se a disponibilizar cerca de 700 camas, mas muitas continuam por preencher.
"Quando foi publicada a portaria havia o desejo por parte do Ministério da Saúde e era também nossa intenção que houvesse cerca de 700 lugares nos lares das IPSS e das misericórdias para essas pessoas, mas ainda não estão as 700. Espero que dentro de pouco tempo cheguemos lá. Mas para isso é preciso vencer a burocracia.
A Renascença pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde, mas até ao momento não obteve resposta.