O Kremlin anunciou esta quarta-feira, em comunicado, que Vladimir Putin sobreviveu a uma alegada tentativa de assassinato na sua residência oficial.
Segundo a nota oficial do serviço de imprensa da presidência russa, a Ucrânia tentou atacar o Kremlin com dois drones durante a última noite, que foram neutralizados. O Kremlin garante ainda que não houve vítimas, nem danos materais: "O Presidente não foi ferido e o programa de trabalho não foi alterado e continua normalmente."
"Os veículos foram colocados fora de ação com recurso aos sistemas de radar de guerra", pode ler-se.
Ainda assim, a Rússia encara o incidente como um "ato terrorista planeado e contra o presidente, na véspera do Dia da Vitória, no qual também está prevista a presença de convidados estrangeiros" e garante que está "no seu direito de tomar medidas de retaliação".
Segundo a agência Reuters, que cita altas fontes oficiais ucranianas, Kiev assegura que "nada tem a ver com o assunto". Entretanto, o conselheiro do Presidente Zelensky reagiu ao caso no Twitter.
"É claro que a Ucrânia não tem nada a ver com os ataques de 'drones' contra o Kremlin", disse Mykhailo Podoliak, conselheiro do Presidente Volodymyr Zelensky. "Tais declarações encenadas pela Rússia devem ser consideradas apenas como uma tentativa de preparar um pretexto para um grande ataque terrorista na Ucrânia."
O assessor ressaltou ainda que, se tivesse sido Kiev a comandar o ataque, para além de ser o primeiro desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022, "não resolveria nenhum problema militar".
"Pelo contrário, incitaria a Rússia a ações ainda mais radicais contra a nossa população civil", argumentou Podoliak. Moscovo, adiantou, "tem muito medo do início das ofensivas da Ucrânia na linha de frente e está a tentar, de todas as formas, tomar a iniciativa, desviar as atenções".
[atualizado às 16h31]