Na diocese de Bragança-Miranda, o isolamento é uma realidade, sobretudo nas aldeias, mas acentua-se neste tempo de crise, motivada pelo novo coronavírus. Para mitigar o isolamento social, as instituições da Igreja diocesana estão a assumir um papel relevante no apoio e serviço às pessoas.
“Em total colaboração com as autoridades civis e de saúde para barrar o contágio da epidemia viral, as instituições sociais da diocese – Cáritas Diocesana, cinco fundações canónicas, 56 centros sociais paroquiais e 14 Santas Casas da Misericórdia e outros centros sociais – têm envidado esforços para acompanhar todos”, refere o Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais.
Assim, e no campo do apoio familiar, está disponível o “apoio familiar aos profissionais de saúde e de segurança”, nomeadamente através de creches e jardins-de-infância “para acolher os seus filhos”, como é o caso do Centro Social de Santa Clara da Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, da Fundação diocesana Casa da Criança Mirandesa, em Sendim, e das Santas Casas da Misericórdia de Alfândega da Fé, Bragança e Miranda do Douro.
Para o descanso dos profissionais de saúde e voluntários que venham a colaborar com o setor ou para efeitos de quarentena, a Congregação dos Marianos da Imaculada Conceição disponibiliza o Convento de Balsamão, em Chacim, com 30 quartos.
Também a Fundação Cónego Manuel Joaquim Ochôa, nos Cerejais, em Alfândega da Fé, disponibiliza a Casa do Peregrino aos profissionais de saúde que necessitem de descansar.
A Fundação Betânia, com o Instituto Diocesano do Clero, conta em caso de emergência, com o apoio do Seminário diocesano de S. José, para acolhimento de alguns dos seus utentes, onde se incluem alguns sacerdotes idosos.
A Cáritas Diocesana, em união com as Conferências Vicentinas da Paróquia de S. João Batista e o Centro Social Paroquial dos Santos Mártires (CSPSM), está a ajudar os idosos e os doentes crónicos, através da aquisição de alimentos e de medicamentos, bem como através da escuta ativa por telefone.
“Também em espírito de união, a Cáritas e o CSPSM aderiram à Rede de Emergência Alimentar do Banco Alimentar e ambos serão pontos de recebimento e distribuição de bens alimentares”, refere a diocese.
Além do apoio social, a diocese transmontana continua a “garantir, através dos seus sacerdotes, diáconos e pessoas consagradas um apoio espiritual e motivacional, sobretudo junto dos colaboradores das IPSS, que em algumas circunstâncias também tiveram de alterar as suas vidas pessoais e familiares em prol das pessoas mais vulneráveis”.
Os Marianos da Imaculada Conceição, por exemplo, disponibilizam acompanhamento espiritual. Segundo a diocese tem sido um meio para unir as pessoas na oração, mas também de escuta, “ouvindo-as na sua prece orante, rompendo a angústia que emudece o silêncio da dor, transmitindo-lhe a esperança e a confiança no amor”.
“Em tempo de pandemia, a Igreja peregrina na diocese de Bragança-Miranda continua ativa, solidária e próxima de cada pessoa, nomeadamente dos mais vulneráveis”, acentua o secretariado diocesano das comunicações sociais.
De referir que na diocese de Bragança-Miranda várias IPSS estão a trabalhar por equipas "uma equipa de colaboradores trabalha e dorme na instituição durante 14 dias". Uma segunda equipa "aguarda nas suas casas com a responsabilidade de ficar em isolamento". Depois irá "render a primeira equipa no final destes 14 dias".