O Papa voltou a condenar "a monstruosidade da guerra" e apelou ao fim da "crueldade selvagem". No final da audiência pública, Francisco lembrou em particular as crianças ucranianas que foram acolhidas por diversas instituições italianas.
“Uma saudação particularmente afetuosa dirigida às crianças ucranianas acolhidas pela Fundação Ajudem-me a Viver, na estação Puer e na Embaixada da Ucrânia na Santa Sé”, disse.
“E com esta saudação às crianças, voltamos também a pensar na monstruosidade da guerra e renovamos as nossas orações para que termine esta crueldade selvagem que é a guerra”, acrescentou.
O Papa fez também uma referência à sua viagem a Malta que vai decorrer já no próximo fim de semana, sublinhando o papel daquele país no acolhimento de refugiados.
“Esta viagem apostólica será assim uma oportunidade para ir às fontes do anúncio do Evangelho, para conhecer pessoalmente uma comunidade cristã com mil anos de história, e animado para conhecer os habitantes de um país que está localizado no centro do Mediterrâneo e no sul do continente europeu. Hoje ainda mais empenhado em acolher os muitos irmãos e irmãs em busca de refúgio”, afirmou.
É preciso uma cultura de "ternura social"
Na audiência desta quarta-feira, o Papa prosseguiu a sua catequese sobre a velhice, e pediu uma cultura “de ternura social”, perante o sofrimento e a fragilidade dos mais velhos.
Francisco alertou que “a retórica da inclusão é a fórmula ritual de cada discurso politicamente correto, mas não traz uma verdadeira correção nas práticas da normal convivência: uma cultura da ternura social tem dificuldade de crescer”.
Depois, reforçou a necessidade do diálogo e intercâmbio entre jovens e velhos. Na medida em que “esta troca de civilizações, de maturidade entre jovens e velhos, acontece, a nossa civilização avança de forma madura.”
Segundo Francisco, só “a velhice espiritual pode dar testemunho, humilde e deslumbrante, tornando-o exemplar para todos”, porque a “sensibilidade espiritual dos idosos é capaz de quebrar a competição e o conflito entre gerações de forma credível e definitiva”.
“Esta sensibilidade espiritual é algo impossível para os homens, mas possível para Deus. E hoje precisamos tanto da sensibilidade do Espírito, idosos sábios e maduros no Espírito que nos dão esperança na vida”, conclui.