Drones de pequeno porte vão passar a ter autorização para sobrevoarem à noite nos Estados Unidos, avançou a Administração Federal de Aviação norte-americana (FAA na sigla original). A decisão é um passo significativo no uso destes aparelhos para entregas comerciais em grande escala.
Segundo a agência Reuters, a FAA explica que as novas regras para o uso dos drones vão clarificar preocupações com questões de segurança. Para isso, vai ser utilizada tecnologia de identificação remota, de forma a permitir a identificação dos aparelhos a partir do solo.
Anteriormente, operações deste género estavam limitadas a ações em que as pessoas estavam diretamente envolvidas nas mesmas.
As regras passam a ter efeito 60 dias após a sua publicação. Os fabricantes vão ter 18 meses para iniciar a produção dos aparelhos com identificação remota e os operadores terão um ano adicional para fornecerem esta mesma identificação remota.
Existem outras regras, mais complexas, que permitem operações à noite e sobre pessoas para drones com tamanhos maiores, em alguns casos.
“As novas regras, com o esclarecimento de preocupações com a segurança, abrem caminho para uma maior integração dos drones no nosso espaço aéreo”, explica o administrador da FAA, Steve Dickons, à Reuters. “Aproximamo-nos do dia em que vamos passar a ver, de forma mais rotineira, operações com drones, como a entrega de encomendas”.
Os Estados Unidos têm mais de 1,7 milhões de registos de drones e 203 mil pilotos remotos certificados pela FAA.
Para operações noturnas, a FAA explica que os drones terão de estar equipados com luzes “anti-colisão”. As regras finais permitem operações sobre carros em movimento, em casos específicos.
A identificação remota é um requisito para todos os drones com um peso de 0.25 kg ou mais. As novas regras eliminam a necessidade de os aparelhos estarem conectados à internet para transmitirem dados quanto à localização. Em vez disso, passam a utilizar radiofrequência para transmitirem a identificação remota.
Uma outra mudança desde 2019, quando as regras foram pela primeira vez propostas, é que os drones pequenos não podem ter partes rotativas expostas, de forma a evitar que magoem pessoas.
Nos últimos anos, empresas como a Alphabet’s Wing, da Google, Amazon e Walmart têm mostrado interesse neste tipo de operações.