Beunardeau, guarda-redes francês do Desportivo das Aves, rescindiu de forma unilateral o contrato que o vinculava ao clube, evocando salários em atraso.
O Aves falhou a regularização dos salários referentes ao período de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 (três meses), tendo o assunto sido remetido pela Liga para o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
Em comunicado, o guardião explicou o porquê da rescisão, deixando, também, uma mensagem aos adeptos do Desportivo das Aves.
“Infelizmente, dada a situação de incumprimento que é de conhecimento público, não tive outra solução que não fosse apresentar a minha rescisão. Sempre tentei colocar o clube e os seus interesses à frente dos meus e recusei alguns convites de outras equipas para continuar esta temporada no Desportivo das Aves, clube com o qual me identifiquei desde a primeira hora”, refere Beunardeau.
O guarda-redes, de 26 anos, explica que a situação chegou a “um ponto sem retorno”, com a “total insustentabilidade da SAD”.
“Tenho de fazer valer os meus direitos como trabalhador. Desejo que, quando a competição voltar, jogadores e equipa técnica encontrem os meios para salvar o Aves da despromoção pois o lugar deste clube é entre os maiores do futebol português.”
Beunardeau despede-se com “enorme tristeza” dos adeptos avenses e afirma que foi com “prazer enorme” que representou o clube nortenho.
“Só tenho palavras positivas para a massa associativa. Agradeço a todos, dos adeptos aos colegas de equipa e equipas técnicas com quem trabalhei, o seu apoio desde que aqui cheguei que muito facilitaram a adaptação a um novo país”, conclui o jogador.