A época balnear vai decorrer nas praias de Cascais entre 1 de maio e 15 de outubro, com a maioria dos municípios a remeter a abertura para junho, enquanto Albufeira (Algarve) aponta o início em 15 de maio.
A maioria das praias portuguesas costuma iniciar a época balnear durante o mês de junho, competindo às câmaras municipais definir o período oficial em cada praia, que constará de uma portaria a publicar em Diário da República.
"Até à publicação, em 2018, da portaria que procede à identificação das águas balneares e à definição da época balnear, considera-se que, a nível nacional, a época balnear, para efeitos da exploração e funcionamento de concessões de apoio balnear e seus serviços acessórios e ou complementares, decorrerá de 1 de maio até 15 de outubro", estabeleceu a portaria dos ministérios da Defesa e do Ambiente, publicada a 26 de maio de 2017.
O Ministério do Ambiente informou hoje que a portaria que regula o período da época balnear em 2018 "aguarda publicação" e, em relação aos municípios que tenham decidido antecipar a abertura, acrescentou apenas que "a época balnear varia de praia para praia".
À semelhança de anos anteriores, o município de Cascais, no distrito de Lisboa, estabeleceu a época balnear em 13 praias do concelho entre 1 de maio e 15 de outubro.
"Como é costume desde há alguns anos, a época balnear nas praias de uso balnear arranca a 1 de maio, porque há uma procura por parte das pessoas e queremos assegurar a qualidade e a segurança", explicou à Lusa o presidente da Câmara, Carlos Carreiras.
O autarca acrescentou que, além dos concessionários fazerem um esforço para antecipar as condições para receberem os utentes, também a questão da segurança sai reforçada para os banhistas, incluindo em setembro e outubro, quando se registam alterações das marés.
Nesse sentido, em articulação com a Capitania do Porto de Cascais, o autarca continua a procurar cumprir os objetivos alcançados nos anos anteriores de "não ter acidentes mortais na época balnear".
Segundo avançou a autarquia, nas 13 praias balneares em que terá início a época balnear, a qualidade da água apresenta resultados de "excelente", embora não exibam a Bandeira Azul por não terem concorrido ao galardão de qualidade balnear por discordância em relação aos critérios para a sua atribuição.
Das 15 praias analisadas, só as da Duquesa e da Rainha não apresentaram qualidade excelente, em resultado de descargas de águas fluviais, que a autarquia tenciona resolver através de um programa de limpeza e de requalificação das ribeiras.
Ao longo de um ano foram realizadas 630 análises à qualidade da água nas praias de Cascais, salientou a autarquia.
Nas praias do Abano (Guincho) e Bafureira (São Pedro do Estoril) não será instituído período balnear, respetivamente devido à falta de areia e instabilidade de arribas, apesar de a zona ser incluída na vigilância costeira pontual das autoridades marítimas.
As 13 praias vão dispor de 56 nadadores-salvadores, com a câmara a suportar 50% das despesas em maio e outubro, nos períodos fora da época oficial, assegurando ainda a autarquia os encargos integrais com cinco nadadores salvadores em praias não concessionadas.
No apoio aos veraneantes vão participar 830 jovens inseridos em programas de voluntariado promovidos pela autarquia, orçando em um milhão de euros o investimento municipal na limpeza e manutenção de praias e estruturas de apoio.
No âmbito da "Praia para todos", a autarquia concluiu trabalhos de melhoria dos acessos à praia de Carcavelos e à piscina Oceânica, e continua com o projeto “Tiralô”, que garante praia acessível a todos os cidadãos incapacitados.
A autarquia de Albufeira, distrito de Faro, também anunciou hoje que a época balnear vai decorrer "em período alargado, entre 15 de maio e 15 de outubro".
Numa nota no site da câmara, o presidente do município, José Carlos Rolo, sublinha que o alargamento do período balnear "é muito importante pela visibilidade" a nível nacional e internacional, mas representa responsabilidade acrescida para manter o "patamar de excelência".
"Ano após ano temos vindo a colocar a fasquia cada vez mais alta", notou o autarca, reconhecendo o empenhamento de todas as entidades com responsabilidades na orla costeira, "que trabalham em estreita articulação para que o concelho continue a ser reconhecido pela sua qualidade ambiental".