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Uma mãe guatemalteca interpôs uma ação em tribunal contra o Presidente norte-americano na sequência da política de imigração que a obrigou a separar-se do filho na zona de fronteira.
Beata Mariana de Jesus Mejia-Mejia foi detida com o filho de sete anos na altura em que tentava entrar nos Estados Unidos. Na altura, os dois foram separados.
A guatemalteca foi entretanto libertada sob custódia dos serviços de imigração e desde então tem tentado saber notícias do filho, sem sucesso.
Beata Mariana de Jesus Mejia-Mejia apela agora ao tribunal que obrigue a administração Trump a reunir a família. No processo judicial, a imigrante não pede qualquer declaração de ilegalidade das práticas correntes na fronteira com os EUA.
Este é o primeiro caso que se conheça de uma ação judicial decorrente da política de tolerância zero estabelecida pelos Estados Unidos face aos imigrantes, nomeadamente na fronteira com o México.
Segundo o advogado da imigrante da Guatemala, John Shoreman, o caso “questiona a separação forçada pelo Governo dos Estados Unidos de um progenitor e da sua criança, não obstante a ameaça de danos psicológicos irreparáveis que a separação pode causar a crianças, como tem sido reconhecido de forma universal”.
Desde abril, já foram separadas dos pais mais de 2.300 crianças, que depois são mantidas em jaulas, dentro de salas cujas as luzes estão acesas o dia inteiro e onde existem casas de banho portáteis.