Ucrânia. Mais de seis milhões de casas continuam com cortes de energia
25-11-2022 - 23:47
 • Lusa

Na capital, Kiev, contam-se cerca de 600 mil casas sem eletricidade à noite. As autoridades ucranianas estimam que cerca de 50% das instalações de energia do país foram danificadas nos recentes ataques.

Mais de seis milhões de residências continuavam hoje afetadas por cortes de energia na Ucrânia, dois dias depois dos ataques em massa da Rússia contra infraestruturas energéticas naquele país, adiantou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Os 'blackouts' continuavam esta noite na maioria das regiões e em Kiev. Mais de seis milhões de lares no total", em comparação com quase 12 milhões na quarta-feira, o dia em que ocorreu o bombardeamento russo em massa, sublinhou Zelensky no seu habitual discurso noturno diário publicado nas redes sociais.

Kiev, com cerca de 600 mil casas sem eletricidade à noite, e a sua região, assim como as províncias de Odessa (sul), Lviv, Vinnytsia (oeste) e Dnipropetrovsk (centro-leste), são as mais afetadas pelos cortes, acrescentou o governante.

Zelensky voltou a apelar aos ucranianos para que economizem eletricidade nas áreas onde a energia foi restaurada.

A estratégia de Moscovo de bombardear instalações energéticas, seguida desde outubro num cenário de recuos militares, é considerada "crime de guerra" pelos aliados ocidentais da Ucrânia e qualificada como um "crime contra a humanidade" pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A Rússia, por seu lado, afirma visar apenas infraestruturas militares e atribui os cortes de energia aos disparos das defesas aéreas ucranianas.

O chefe de Estado ucraniano visitou Vyshgorod, um cidade a norte de Kiev, onde os ataques causaram seis mortos e dezenas de feridos na quarta-feira.

As autoridades ucranianas estimam que cerca de 50% das instalações de energia da Ucrânia foram danificadas nos recentes ataques.

A eletricidade está parcialmente restaurada e "o sistema energético está mais uma vez ligado ao sistema energético da União Europeia", explicou.