Mais de seis milhões de residências continuavam hoje afetadas por cortes de energia na Ucrânia, dois dias depois dos ataques em massa da Rússia contra infraestruturas energéticas naquele país, adiantou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Os 'blackouts' continuavam esta noite na maioria das regiões e em Kiev. Mais de seis milhões de lares no total", em comparação com quase 12 milhões na quarta-feira, o dia em que ocorreu o bombardeamento russo em massa, sublinhou Zelensky no seu habitual discurso noturno diário publicado nas redes sociais.
Kiev, com cerca de 600 mil casas sem eletricidade à noite, e a sua região, assim como as províncias de Odessa (sul), Lviv, Vinnytsia (oeste) e Dnipropetrovsk (centro-leste), são as mais afetadas pelos cortes, acrescentou o governante.
Zelensky voltou a apelar aos ucranianos para que economizem eletricidade nas áreas onde a energia foi restaurada.
A estratégia de Moscovo de bombardear instalações energéticas, seguida desde outubro num cenário de recuos militares, é considerada "crime de guerra" pelos aliados ocidentais da Ucrânia e qualificada como um "crime contra a humanidade" pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Rússia, por seu lado, afirma visar apenas infraestruturas militares e atribui os cortes de energia aos disparos das defesas aéreas ucranianas.
O chefe de Estado ucraniano visitou Vyshgorod, um cidade a norte de Kiev, onde os ataques causaram seis mortos e dezenas de feridos na quarta-feira.
As autoridades ucranianas estimam que cerca de 50% das instalações de energia da Ucrânia foram danificadas nos recentes ataques.
A eletricidade está parcialmente restaurada e "o sistema energético está mais uma vez ligado ao sistema energético da União Europeia", explicou.