A altura do Natal é, já se sabe, de maiores gastos e alguns portugueses optam por recorrer a soluções de financiamento rápido, com o cartão de crédito a ganhar grande protagonismo. Mas é preciso estar atento e saber bem que despesas nos esperam.
Segundo o portal “comparaja.pt”, que disponibiliza simuladores gratuitos de produtos de crédito e pacotes de telecomunicações, 24 dos 102 cartões de crédito analisados têm a TAEG (taxa anual efectiva global de encargos) no limite máximo definido pelo Banco de Portugal (16,1% para o presente trimestre).
Entre os cartões de crédito com a taxa de juro no máximo estão os sete cartões gratuitos, que não aplicam comissões nem taxas.
Deste retrato aos cartões de crédito, fica-se ainda a saber que menos de 1/5 incluem a função dual – ou seja, a possibilidade de, através do mesmo cartão, o consumidor ter a possibilidade de fazer pagamentos a crédito ou a débito.
E há um conjunto de taxas, nem sempre conhecidas dos consumidores, que representam custos. Por exemplo:
- Taxa de gasolineira: taxa cobrada quando se utiliza o cartão de crédito para pagar os abastecimentos de combustível e cujo valor é de 0,50;
- Custos de não utilização mensal: com esta taxa, as instituições financeiras procuram compensar a verba que deixam de ganhar com os juros, caso o consumidor não utilize o cartão;
- Crédito em linha: trata-se de passar dinheiro do cartão de crédito para a conta à ordem. Esta operação, dependendo da instituição financeira, pode custar aos consumidores mais de 9 euros (como nos cartões do Crédito Agrícola). O custo médio ronda os 6 euros.
- Levantar a crédito no multibanco também custa dinheiro: o custo médio de um levantamento a crédito em Portugal é de 7,28 euros. Para um exemplo de levantamento de 100 euros no multibanco, os consumidores nacionais podem pagar mais de 8 euros (caso dos cartões da Caixa Geral de Depósitos).
Fora do espaço económico europeu, o levantamento de 100 euros pode custar cerca de 15 euros (cartões da Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco e Millennium BCP).