A partir desta segunda-feira, dia 9 de março, não haverá visitas aos fins de semana em nenhum estabelecimento prisional do país.
A informação foi confirmada à Renascença este domingo por fonte do Ministério da Justiça. Em comunicado, a tutela adianta que as visitas deverão ter lugar apenas em dias úteis e estarão limitadas a um máximo de dois visitantes por recluso.
“A Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) criou duas enfermarias de retaguarda, uma no Estabelecimento Prisional do Porto e outra no Hospital Prisional de São João de Deus em Caxias, para internamento de reclusos que, eventualmente, venham a acusar positivo”, lê-se no documento.
As visitas foram suspensas de imediato e até aconselhamento em contrário nos estabelecimentos prisionais de Paços de Ferreira, Santa Cruz do Bispo (masculino e feminino), Vale do Sousa, Aveiro, Braga, Guimarães e Viana do Castelo, bem como ao Centro Educativo de Santo António no Porto e ao Centro Educativo de Vila do Conde.
"Procurando facilitar o contacto com familiares e amigos foi permitida a realização de três chamadas telefónicas diárias com a duração de cinco minutos cada", esclarece a mesma fonte.
Por indicação da Direção-Geral de Saúde, "não se está a aceitar a entrada de bens alimentares, ou outros, entregues pelos visitantes", é adiantado no mesmo comunicado.
O Ministério da Justiça avança ainda que foi aprovado um Plano de Contingência para os trabalhadores da DGRSP e criado um grupo de crise para o Covid-19 “em contacto permanente com o diretor-geral" e que, "em qualquer momento, as medidas poderão ser objeto de alteração”.
Para além da intensificação da limpeza e higienização dos diferentes espaços prisionais, o Plano de Contingência vai definir, também, quais os estabelecimentos prisionais onde, nas diferentes regiões do país, deverão dar entrada novos reclusos.
Estes reclusos farão a "quarentena" profilática de 14 dias, durante os quais serão diariamente monitorizados.
Foram criadas duas enfermarias de retaguarda, uma no Estabelecimento Prisional do Porto e outra no Hospital Prisional de São João de Deus em Caxias, para internamento de reclusos que, eventualmente, venham a acusar positivo.
[Em atualização]