Portugal distingue-se “porque não tem nem vai ter campos de refugiados"
06-03-2017 - 10:55

No dia em que chegam a Portugal 30 refugiados da minoria religiosa yazidi, o ministro Eduardo Cabrita esteve na Renascença a falar sobre o papel de Portugal no acolhimento “de pessoas que estão há muito tempo em condições difíceis”.

Portugal está “em quarto lugar no ranking de acolhimento”, entre os 28 Estados-membros da União Europeia, afirma o ministro adjunto na Renascença.

“Portugal tem-se destacado por uma posição de grande disponibilidade, de grande solidariedade com um modelo que tem sido elogiado. Distinguimo-nos de outros países porque não temos nem vamos ter campos de refugiados. Achamos que este deve corresponder a um esforço de toda a sociedade”, afirma Eduardo Cabrita.

Enquanto há países que se “destacam pela negativa por se recusarem a acolher refugiados”, Portugal já recebeu “mais de 1.100 ao abrigo do programa europeu de recolocação”.

O objectivo é também dar resposta ao repto lançado pelo Papa Francisco, diz Eduardo Cabrita: “se cada paróquia acolher uma família, estaremos a dar um contributo decisivo para levar ainda mais longe este grande empenho nacional”.

Esta segunda-feira, chega um grupo de sete famílias, com 30 pessoas no total que vão ser colocadas em Guimarães. Fazem parte da comunidade yazidi, “uma minoria perseguida” no Iraque e na Síria por parte do autodesignado Estado Islâmico.

Até Abril, no máximo, chegam mais 91 pessoas, que serão instaladas em Lisboa. Segundo o ministro adjunto, convidado do programa Carla Rocha – Manhã da Renascença, Portugal disponibilizou-se para acolher até 500 pessoas daquela comunidade.