A polícia espanhola deteve três pessoas em Madrid suspeitas de fazerem parte de um grupo com ligações ao autodenominado Estado Islâmico. Fontes ligadas à investigação adiantaram que estes "suspeitos estariam dispostos a cometer actos terroristas a qualquer momento".
Dois foram detidos em Cañada Real, um bairro conhecido como o "supermercado de droga", e o terceiro em Vallecas. Os homens, com cerca de 25 anos, têm origem marroquina, segundo avança o jornal "El Pais". As casas dos suspeitos foram revistadas pelas autoridades.
Em algumas das conversas interceptadas pelas autoridades – tanto por telefone como pela internet – os "suspeitos falavam de levar a cabo uma acção em Espanha", sem concretizar qual.
O ministro da Administração Interna Espanhol, Fernando Garea, esclareceu esta manhã que ao contrário de outros detidos que se limitavam a recrutar pessoas para as fileiras do Estado Islâmico, estes três homens "estavam a prepara-se para cometer atentados" e tinham "acesso a armas".
A Espanha é o país da Europa que tem realizado mais acções contra o Estado Islâmico. Com esta operação já são 60 as pessoas detidas este ano no país. Outras 27 foram detidas noutros países, principalmente em Marrocos, sendo que a maioria está acusada de tentar recrutar pessoas para os jihadistas.
Em quatro anos foram detidos 171 pessoas por jihadismo.
O Governo espanhol mantém o alerta antiterrorista no nível alto (quarto escalão em cinco).
Fontes da luta antiterrorista citadas pela agência Europa Press informaram que, até 20 de Setembro, 130 pessoas deixaram Espanha para se juntarem a grupos jihadistas.
Um relatório das Nações Unidas revelou que cerca de 15 mil voluntários de mais de 80 países, um número "sem precendentes", viajaram para a Síria e Iraque para ingressar nas fileiras jihadistas.