Formar e informar sobre como promover “comunidades sãs e seguras” é o objetivo da formação que a Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis da Arquidiocese de Braga está a levar a cabo juntos dos agentes pastorais.
No fundo, resume o padre Bruno Nobre, membro da Comissão Arquidiocesana, é “ensinar a cuidar melhor e criar uma cultura de cuidado”.
A formação abrange diferentes áreas, como jurídica e espiritual, mas também a psicologia e a educação, e quer servir de orientação para catequistas, dirigentes de movimentos, funcionários e voluntários de IPSS em “situações de abusos sexuais” e, outros, acrescenta o jesuíta, como “abusos de consciência ou de poder em contexto pastoral”.
“É preciso saber claramente o que é que constitui um abuso, o que leva a um abuso, é preciso saber estar atento a sinais”, diz Bruno Nobre. Mas, a ação de formação também contempla a dimensão do “saber escutar e acolher”, acrescenta. “Como é que se acolhe, por exemplo, uma criança que vem fazer uma queixa? Como se encaminha? Como se procede?”, exemplifica.
A ação formativa de cerca seis horas não deixa de ser uma formação de “carácter bastante introdutório”, reconhece. Trata-se, sobretudo, de “sensibilizar”.
A segunda formação está prevista para novembro, mas não pode ficar por aqui, admite o pe. Bruno Nobre. O “ideal é que no futuro a formação se torne obrigatória” para quem cuida dos mais vulneráveis.
“A ideia é que isto se torne uma rotina. A meu ver, devia tornar-se obrigatório a curto médio prazo. Provavelmente, ainda neste ano pastoral teremos outras iniciativas para tentarmos chegar a mais gente”, antecipa o membro da comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis da Arquidiocese de Braga.
A iniciativa conta com a participação de uma equipa de professores e técnicos do Projeto “Cuidar” da Universidade Católica e do Serviço de Proteção e Cuidado da Companhia de Jesus e repete-se em 20 de novembro.