Câmara de Lisboa desiste de Feira Popular em Carnide. Terreno ao abandono, diz junta
04-07-2022 - 12:00
 • Filipa Ribeiro , Olímpia Mairos

Em entrevista à Renascença, Carlos Moedas deixou a garantia de que vai deixar cair o projeto para a construção da feira, que tinha sido prometido por Fernando Medina em 2015.

Há mais de um ano que o terreno destinado para a obra da nova feira popular de Lisboa está ao abandono. À Renascença, o presidente da junta de Carnide diz que a falta de limpeza do espaço representa já algum perigo.

Fábio Martins de Sousa concorda com as intenções da Câmara Municipal de Lisboa com vista à criação de um espaço verde no terreno, que inicialmente seria destinado à feira, no entanto, realça que a preocupação agora é a falta de limpeza. “O que existe, neste momento, não faz qualquer tipo de sentido”, sublinha,

O presidente da junta de freguesia ressalta que têm de “transmitir essas preocupações à Câmara", isto porque "o que existe atualmente até pode gerar alguma perigosidade”.

“Uma vez que o terreno está expectante, a obra está abandonada e, portanto, neste momento não existem trabalhos no terreno”, adianta Fábio Sousa.

Revela ainda que tem feito pedidos com urgência à autarquia, recebendo apenas a resposta de que estão a ser feitos os procedimentos para avançar com o parque verde.

Em entrevista à Renascença esta segunda-feira, Carlos Moedas deixou a garantia de que vai deixar cair o projeto para a construção da nova feira popular de Lisboa, considerando que o projeto do parque de diversões não faz sentido atualmente.

“Esse projeto de um parque de diversões, a realidade é que nunca foi conseguido. Deve haver uma razão para isso, e a razão é que esse tipo de parques de diversão no centro de cidade não fazem o mesmo sentido que faziam no passado”, explicou.

Segundo Moedas, “podemos ter diversão, podemos ter uma parte do parque com alguns equipamentos para esse tipo de diversão, mas não podemos ter um parque, como foi pensado de forma errada, como a Eurodisney. Isso não vai acontecer”.

O projeto tinha sido prometido por Fernando Medina em 2015.