O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Manuel Teixeira Rolo, estimou esta terça-feira que se vão gastar 130 milhões de euros na deslocalização da actividade militar no Montijo, para transformar a base área no aeroporto complementar de Lisboa.
Segundo a sua proposta, a Força Aérea pretende que as “obras acontecessem em simultâneo: enquanto se está a construir a infraestrutura civil, estar-se-ia a construir a infra-estrutura militar e a renovação das infraestruturas em outras bases”.
Aos jornalistas, o militar precisou estarem em causa dois custos diferentes: “Há os custos da deslocalização para outras unidades para o cumprimento da sua missão, o que ronda os 130 milhões de euros, e depois há os custos da deslocalização do campo de tiro [de Alcochete], de uma cifra mais significativa, na ordem dos 240 milhões de euros, mas que não se antecipa que tenha de ser feito já”.
Os 240 milhões podem ser desembolsados "para lá de 2023/2024". Manuel Teixeira Rolo acrescentou que será possível compatibilizar a actividade da Força Área com o uso do campo de tiro "com a ajuda da Navegação Aérea de Portugal (NAV)", já que é necessário desviar o tráfego aéreo civil, para "salvaguardar os períodos de tiro mais específico".
"Quando houver os 24 movimentos [de aviões por hora] será praticamente impossível" compatibilizar os voos civis e com a actividade militar, disse o chefe do Estado-Maior da Força Aérea.
Na sua proposta, a Força Aérea explicita "todos os constrangimentos" face ao aumento do número de aviões por hora. Conclui que se tem de "encontrar soluções de forma mais rápida". Manuel Teixeira Rolo adiantou que a "Força Aérea tem que sair mais cedo do que eventualmente poderia ter pensado".
A parte dos custos terá "agora de ser pensada", disse o chefe do Estado-Maior, como é "que os custos adicionais, subordinados à deslocalização da Força Aérea, serão suportados".