As tropas israelitas mataram esta segunda-feira cinco palestinianos armados durante uma operação num campo de refugiados na Cisjordânia ocupada, segundo as forças de segurança de Israel.
A incursão, que os militares disseram ter como objetivo prender homens supostamente envolvidos num ataque frustrado contra israelitas, poderá exacerbar ainda mais as tensões na região.
O Ministério da Saúde palestiniano não confirmou até ao momento as mortes, dizendo apenas que três homens ficaram feridos durante a operação, um deles em estado crítico.
Os militares israelitas disseram que estavam a tentar prender os responsáveis por uma tentativa de ataque a um restaurante na Cisjordânia, fracassado devido ao mau funcionamento de uma arma.
Os agressores fugiram do local, disseram os militares israelitas, acrescentando que eram membros do grupo militante Hamas, que governa a Faixa de Gaza e também tem elementos na Cisjordânia.
Os militares alegaram que os atacantes se barricaram dentro de uma casa no campo de refugiados, originando um tiroteio.
As autoridades de segurança adiantaram que dois dos cinco mortos eram militantes do Hamas envolvidos na tentativa de ataque ao restaurante.
Estas são as mais recentes vítimas da onda de violência que não dá sinais de diminuir entre Israel e palestinianos. A violência ocorre num momento de tensões em torno do novo Governo de Israel, considerado o mais à direita da história do país.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, o ultranacionalista Itamar Ben-Gvir, prometeu hoje continuar as suas visitas aos locais sagrados de Jerusalém, apesar dos apelos da Jordânia para que Israel mantenha o frágil equilíbrio nesta zona.
Quase 150 palestinianos foram mortos pelas forças de segurança israelitas no ano passado na Cisjordânia e em Jerusalém Leste.
A tensão está elevada há meses, já que Israel vem realizando incursões noturnas para proceder a detenções na Cisjordânia, motivadas por uma série de ataques palestinianos contra israelitas na primavera passada.
Cerca de 30 pessoas foram mortas em Israel por palestinianos em 2022.