A Proteção Civil registou, entre as 00:00 e as 15:00 desta quinta-feira, 1.736 ocorrências relacionadas com o mau tempo em Portugal continental, que nas últimas horas se intensificaram na região de Lisboa, sem causar vítimas.
Em declarações à agência Lusa, o comandante Elísio Pereira, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), adiantou que naquele período foram registadas no continente 1.736 ocorrências, sendo que a região de Lisboa e Vale do Tejo foi a zona mais afetada, com 795 ocorrências.
A maioria das ocorrências devem-se a inundações, quedas de árvores e obstrução de vias.
No ponto de situação às 13:30, o número de ocorrências estava à volta das 1.200, cerca de 500 delas na região de Lisboa.
“Das 12:00 até às 13:30 a área mais afetada foi efetivamente Lisboa, sendo que a Grande Lisboa contabilizou 155 ocorrências, seguida do distrito de Setúbal com 67 ocorrências”, disse.
Estas ocorrências são essencialmente inundações, seja de vias, de entradas para garagens, caves ou lojas, limpezas de via para repor a normalidade, quedas de estruturas e também quedas de árvores com um número expressivo, sem causar vítimas, acrescentou.
Hoje de manhã, cerca das 09:30, o comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, indicou que se registaram 955 ocorrências desde as 00:00, sendo que 90% se concentraram nas áreas metropolitanas de Porto e Lisboa.
Todos os distritos de Portugal continental estão desde as 06:00 de hoje sob aviso laranja devido à chuva, vento e agitação marítima fortes.
O IPMA prevê para hoje, com a passagem da depressão ALINE, vento de sudoeste, tornando-se gradualmente forte nas regiões Centro e Sul desde o início da manhã, com rajadas que poderão atingir os 110 quilómetros por hora (km/h), em especial no litoral a sul do Cabo Mondego e incluindo a costa sul do Algarve, e nas serras destas regiões.
O IPMA indica que localmente poderão ocorrer rajadas pontualmente superiores aos 110 km/h, bem como fenómenos extremos de vento.
Quanto à chuva, o IPMA já previa que se estendesse a todo o território a partir da madrugada, com início nas regiões do Norte e Centro, aumentando de frequência e intensidade a partir da manhã.
De acordo com o IPMA, a agitação marítima irá aumentar, esperando-se para a costa ocidental, ondas do quadrante oeste com 4 a 5 metros, aumentando para 5 a 7 metros de altura, podendo atingir altura máxima até 14 metros, persistindo ao longo do dia de sexta-feira.
Na costa sul do Algarve as ondas serão de sudoeste, aumentando para 4 a 4,5 metros durante a tarde.