​Governo quer antecipar divulgação do Ranking das Escolas
12-07-2024 - 10:27
 • Sérgio Costa , Cristina Nascimento

Secretário de Estado Adjunto e da Educação defende que os rankings “têm de ser lidos com muita cautela” e reconhece que "é necessário maior investimento na integração de alunos estrangeiros nas escolas portuguesas”.

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O Governo quer encurtar o prazo para a divulgação do Ranking das Escolas. Esta sexta-feira, estão a ser divulgadas as listas dos estabelecimentos de ensino melhor colocados tendo em conta as notas dos exames feitos no ano letivo de 2022-2023, numa altura em que já terminou o ano letivo de 2023-2024.

Em declarações à Renascença, o secretário de Estado Adjunto e da Edução, Alexandre Homem Cristo, reconhece que este intervalo prejudica o conhecimento do que se passa nas escolas.

“Uma das questões que desvaloriza a avaliação externa, desvaloriza os rankings e desvaloriza todo este processo que está associado a podermos escrutinar publicamente o que acontece nas escolas é este período longo de espera que temos de fazer para esperar pelos resultados. É contraproducente até porque, do ponto de vista do diagnóstico, o que estamos a diagnosticar já passou, já houve um ano letivo a seguir”; explica.

A edição deste ano do ranking das escolas aponta para uma manutenção das escolas privadas nos lugares mais cimeiros da tabela. Na apreciação sobre os resultados, o governante adverte que precisam de “ser lidos com muita cautela” e que “não haverá nunca um ranking que nos diga qual é a melhor escola do país”.

“Esta ideia de melhor escola do país é uma ideia que não tem sustentação porque os alunos são todos diferentes entre si, alunos que têm dificuldades diferentes, perfis diferentes, ambições diferentes e, portanto, a escola que melhor responde às necessidades de um aluno não será forçosamente a escola que responderá a outros alunos, com outros perfis”, acrescenta.

Alexandre Homem Cristo revelou ainda que, em breve, serão anunciadas novas medidas para fazer face ao maior número de alunos estrangeiros nas escolas”, reconhecendo que “é necessário mais investimento na integração” destes estudantes.