O presidente da Câmara de Sines (Setúbal), Nuno Mascarenhas, congratulou-se hoje com o investimento anunciado pela petrolífera Galp na descarbonização da refinaria situada no concelho, considerando que os novos projetos vão "garantir o futuro" da unidade.
"É um investimento muito significativo e importante para o concelho de Sines. Irá permitir a criação de novos postos de trabalho e, sobretudo, garantir o futuro daquela unidade", afirmou o autarca, eleito pelo PS, em declarações à agência Lusa.
Lembrando que estão previstos muitos investimentos para Sines, Nuno Mascarenhas realçou que este "é tão ou ainda mais importante que os novos, porque permite garantir que aquela unidade vai continuar no concelho por muitos anos".
"E, desta forma, serão garantidos também os postos de trabalho que existem e criar novos, que serão, certamente, também muito importantes", sublinhou.
O autarca adiantou que está prevista a criação de "cerca de 100 novos postos de trabalho", referindo que o investimento agora anunciado pela Galp "permite compensar o fecho de outras unidades, como aconteceu com a central termoelétrica de Sines".
"É um investimento que também tem em conta as metas que o país pretende atingir" em termos de redução das emissões de carbono, acrescentou.
A Galp anunciou hoje que tomou a Decisão Final de Investimento sobre dois grandes projetos de descarbonização da refinaria de Sines, num investimento total de 650 milhões de euros, que deverão entrar em funcionamento em 2025.
"A Galp tomou a decisão final de investimento que permitirá o arranque de dois projetos de larga escala, determinantes para a descarbonização da refinaria de Sines e dos seus produtos energéticos", lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Esses projetos, detalhou, "incluem uma unidade de biocombustíveis avançados com capacidade de produção de 270 mil toneladas por ano, em parceria com a Mitsui, e a instalação de 100 megawatt (MW) de eletrolisadores para produção de hidrogénio verde".
Os projetos, segundo a empresa, representam um investimento global de 650 milhões de euros.
"Trata-se de um contributo significativo para a transformação e o crescimento do setor industrial em Portugal, colocando a Galp na vanguarda do desenvolvimento de soluções de baixo carbono imprescindíveis para assegurar a transição energética", disse a presidente do Conselho de Administração da Galp, Paula Amorim, citada no comunicado.