O Santuário de Fátima está a preparar um Centro de Escuta que deverá abrir portas em 2022. Segundo o reitor será um espaço de “acolhimento incondicional de quem sente a necessidade de contar a história da sua fragilidade pessoal e ser ouvido e ajudado com compaixão por pessoas competentes na arte de escutar e cuidar espiritualmente”.
O objetivo, sublinha o padre Carlos Cabecinhas, é oferecer a quem chega, “marcado pela dor, pela dúvida existencial ou pelo sofrimento espiritual, um serviço em que poderá encontrar alguém que seja capaz de ajudar cada um a descobrir em si mesmo os recursos interiores que lhe permitam integrar e superar a situação que está a viver”.
Ainda de acordo com o sacerdote, a finalidade do Centro de Escuta é “acolher empaticamente a todos, sem qualquer tipo de discriminação ou exclusão, preconceito ou juízo prévio, como um lugar de reparação do coração”, partindo da perceção de que há um elevado número de peregrinos em situação de fragilidade que “sentem necessidade de alguém que os acolha, escute e ajude”.
Assim, o novo espaço destina-se “a todas as pessoas que estejam a atravessar um momento mais difícil, causado pela doença, solidão, medo, luto, angústia, ressentimento, dificuldades de aceitação pessoal, ou outras feridas e mágoas interiores, impossibilidade de perdoar a outros ou a si mesmo, conflitos ou roturas familiares, relações problemáticas com os outros, problemas laborais, crises de fé ou de inclusão eclesial, interrogações religiosas, ausência de sentido para a vida”, acrescenta o padre Carlos Cabecinhas.
Ao serviço do Centro de Escuta vão estar capelães, alguns colaboradores profissionais e voluntários do Santuário de Fátima.
O novo projeto vai funcionar no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade, num espaço que está a ser especificamente preparado para proporcionar acolhimento e privacidade, e que vai estar identificado quando entrar em funcionamento, “o que se prevê no próximo ano”.