As pessoas afetadas pelas cheias das últimas semanas em Lisboa têm até ao final do dia para preencher o formulário sobre os estragos.
Segundo a autarquia, este recurso pretende ser “um mecanismo
célere e ágil de contabilização dos prejuízos decorrentes das condições
meteorológicas registadas na cidade nos dias entre 7 a 14 de dezembro”,
sublinhando que podem ser indicados danos estruturais ou em bens materiais, bem
como prejuízos em instalações ou no ativo imobilizado.
O presidente da Câmara de Lisboa já disse que os
três milhões de euros que propôs para apoiar quem sofreu com o mau tempo “não é
um valor fechado”, indicando que esse
montante dependerá do levantamento de prejuízos.
Já em Oeiras o levantamento ainda está a ser feito por
equipas da autarquia, que tem um gabinete de apoio instalado em Algés, mas o presidente
da Câmara, Isaltino Morais, já assegurou que o concelho vai começar a pagar
apoios aos comerciantes e moradores afetados pelas cheias e o mau tempo
a partir de 15 de janeiro.
“O nosso calendário é a Câmara começar a pagar as indemnizações que tem a pagar a partir de 15 de janeiro", indicou Isaltino aos jornalistas, durante uma visita à baixa de Algés, acompanhado da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
Segundo o autarca, o mau tempo terá causado pelo menos 5 milhões de euros em prejuízos só em infraestruturas municipais.
Em Loures, a Câmara tem reunião marcada para esta manhã para aprovar o reforço do fundo de emergência municipal no valor de um milhão de euros. Na reunião deverá também ficar definida a forma como vai ser apoiado o comércio local.
Neste concelho, os prejuízos do mau tempo foram estimados em 36 milhões de euros, tendo a autarquia anunciado vales de compras para as famílias que perderam mobiliário e apoios até 50 mil euros por empresa afetada.
No que toca a seguros, a seguradora Fidelidade estima pagar mais de quatro milhões de euros em indemnizações devido ao mau tempo, respeitantes a mais de dois mil
sinistros, garantindo estar a trabalhar para pagar, ainda esta semana, cerca de
meio milhão de euros.
“Com base nos sinistros registados durante este período, a Fidelidade estima ter custos superiores a quatro milhões de euros. Consciente do impacto do mau tempo na vida das pessoas, até ao Natal, a Seguradora está a fazer um esforço para pagar cerca de meio milhão de euros em indemnizações”, anunciou em comunicado.
A empresa assinala que o grupo recebeu a participação de 2.653 sinistros na área Metropolitana de Lisboa, entre 7 e 16 de dezembro último, tendo acionado o seguro multirrisco em cerca de 1.766 sinistros, dos quais 288 eram relativos a comércio e indústria.
Já no ramo automóvel, indica, teve cerca de 856 participações.