A Comissão Europeia está ligeiramente mais pessimista e reviu em baixa o crescimento da economia portuguesa para este ano, para 2,2%, depois de um "arranque suave" de 2018 e espera um abrandamento da criação de emprego.
Nas previsões de verão divulgadas hoje, Bruxelas piora a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português de 2,3% para 2,2%, ficando agora ligeiramente abaixo do que estima o Governo de António Costa (que é 2,3%).
"O crescimento do PIB português abrandou para 2,1% (em cadeia) no primeiro trimestre de 2018, devido sobretudo a um enfraquecimento das exportações líquidas. Parte da moderação é explicada por fatores temporários, como más condições meteorológicas que afetaram a construção e a atividade portuária", explica a Comissão.
Em declarações à Renascença, o economista João Duque desvaloriza estes dados e prevê um segundo semestre de grande contenção por parte do ministro das finanças. “Tendo em conta as margens de erro destas previsões… diria que estamos a crescer com a União Europeia. O que me parece mais preocupante é que o crescimento está a acontecer a um ritmo cada vez menos acelerado e isso pode ter impactos no equilíbrio orçamental.”
Para 2019, mantém-se a previsão anterior de 2%, abaixo da do Governo, que é também de 2,3% para o ano que vem.