O secretário-geral do PSD, José Silvano, disse, este sábado, que é preciso fazer das autárquicas de 2021 o "combate da vida" do partido, para ser capaz de no futuro ganhar legislativas e ter Rui Rio como primeiro-ministro.
O dirigente social-democrata, que na falava no segundo dia do 38.º Congresso do PSD em Viana do Castelo, defendeu que o resultado eleitoral "menos positivo" do PSD nas legislativas começou com a derrota "estrondosa" nas autárquicas de 2015.
"É pegar nos resultados das legislativas, que tantas gente discutiu - uns como uma grande derrota, outros como uma média derrota, uns como uma meia vitória, ou outros como uma vitoria - e ver as causas exatas desse resultado menos positivo", disse, salientando que aqueles que criticaram os resultados do PSD nas legislativas e que os consideraram uma "grande derrota", esqueceram-se onde tudo começou.
"Essa derrota começou em nós, começou em todos nas eleições autárquicas. Por isso, temos de fazer disto o combate das nossas vidas para os próximos dois anos, porque só com uma vitória nas eleições autárquicas estaremos mais perto de ganhar as legislativas sejam elas em 2022 ou sejam elas em 2023", defendeu.
Silvano mostrou-se confiante numa vitória nas autárquicas de 2021 e apelou ao fim do taticismo, lembrando que o que todos no PSD querem, nomeadamente esta direção do partido, "é ganhar o Governo de Portugal" e "ter Rui Rio como primeiro-ministro".
O secretário-geral dos sociais-democratas referiu-se ainda ao "mal" que o taticismo político trouxe e pode trazer ao partido no futuro, apelando à união interna.
"Porque eu quero a classificação, concordo em absoluto com as palavras ditas aqui agora por Miguel Pinto Luz que é: basta de cinismo no Partido Social Democrata. Vamos acabar com o cinismo para que o partido se possa unir a partir desta frase para o futuro", declarou.
José Silvano salientou que é possível ter opiniões e até posições e estratégias diferentes, mas "não podemos é ter tática política" em nome de uma qualquer circunstância pessoal, "como muitos fizeram estes dois anos".
"Nos somos nós e a nossa circunstância e o mal, o mal que isto trouxe ao partido estes dois anos e que pode trazer no futuro, é um mal terrível e é terrível porque os portugueses em casa, mesmo quando gostavam do líder do partido, não gostavam deste partido porque não tinham união, andavam uns contra os outros e diziam que quem não é capaz de governar o partido, não é capaz de governar o país" afirmou.
Para o secretário-geral do PSD, é por isso que esta união é necessária para clarificar de vez aquilo que se quer para o partido que não deve "desperdiçar" a credibilidade que Rui Rio tem.