O acesso a autoestradas de cerca de dez regiões de França foi este sábado interdito por dezenas de motoristas de transportes de mercadorias, que mantêm a greve como forma de protesto contra a anunciada redução da devolução do imposto sobre os combustíveis.
Os serviços de metro e comboio estão, também, fortemente condicionados e apenas um em cada 10 comboios regionais circulam este sábado.
Em Paris, vários manifestantes entraram em confrontos com a polícia, durante mais uma manifestação dos“coletes amarelos”, que este fim-de-semana viu o número de participantes diminuir devido à greve dos transportes.
A pressão combinada do movimento “coletes amarelos” com os protestos sindicais contra a alteração do sistema de reformas, representam um enorme desafio para Emmanuel Macron que terá de reunir as condições necessárias para apresentar um orçamento de Estado equilibrado, na segunda metade do seu mandato.
Um desafio que não será fácil tendo em conta que, por um lado há uma meta ambiental a cumprir e, por outro uma organização sindical de transportes que promete avançar com uma greve por tempo indeterminado se o aumento nos impostos sobre os combustíveis avançar.
No projeto de orçamento para 2020, o Governo francês propõem reduzir gradualmente as isenções fiscais em combustível para caminhões entre 1 de julho de 2020 e 1 de janeiro de 2022.
A medida deverá ter um retorno orçamental de cerca de 140 milhões de euros, em apenas um ano, que será usado para financiar uma nova infraestrutura de transporte. O projeto de lei terá ainda de ser aprovado no parlamento, em meados de dezembro.
A greve geral em França começou na passada quinta-feira e deverá continuar até à próxima segunda-feira.