O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que as forças russas destruíram "dezenas" de armas norte-americanas na Ucrânia.
"Os seus sistemas de defesa aérea estão a rachar como nozes, dezenas foram destruídos”, afirmou o chefe de Estado numa entrevista ao Primeiro Canal da televisão estatal russa, cuja primeira parte foi transmitida na sexta-feira e a segunda será transmitida no domingo.
Já o chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, criticou as declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, a defender que não se deve humilhar a Rússia, considerando que essa posição só pode "humilhar a França".
"Os apelos para evitar humilhar a Rússia só podem humilhar a França ou qualquer outro país, porque é a Rússia que se humilha. Seria melhor que nos pudéssemos concentrar em colocar a Rússia no seu lugar. Isso levaria à paz e salvaria vidas”, afirmou Kuleba no Twitter.
Este sábado, o Papa Francisco reiterou a disposição de visitar a Ucrânia, mas, questionado por um menino ucraniano durante um encontro com um grupo de jovens no Vaticano, disse que está à espera do "momento certo".
“Gostava de ir à Ucrânia, mas tenho de esperar pelo momento certo”, respondeu o Papa a um menino refugiado, durante o "Pátio das crianças", uma iniciativa em que o Papa se encontra com menores que vivem em condições vulneráveis e fragilidade social e que não se realizava há dois anos, por força da pandemia.
Em consequência da guerra na Ucrânia, a Itália acredita que a guerra mundial do pão já está em marcha e há que a parar.
O ministro italiano dos negócios estrangeiros, Luigi di Maio, disse que começou "a guerra mundial do pão", com o bloqueio de cereais na Ucrânia e o consequente "risco de novos conflitos em África"
"Arriscamo-nos a ter instabilidade política em África, a haver proliferação de organizações terroristas, a ter golpes de estado. É isto que pode produzir a crise dos cereais que estamos a viver”, afirmou.
A Ucrânia, país em guerra desde 24 de fevereiro, quando foi atacado militarmente pela Rússia, é um dos maiores produtores mundiais de cereais e fertilizantes agrícolas, que exportava para todo o planeta, sendo estas produções fundamentais para a segurança alimentar em regiões como o Médio Oriente e o Norte de África.