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A viagem estava marcada para as 11h00 da manhã, mas na noite anterior a Alemanha decidiu acrescentar a região de Lisboa à lista de destinos que classifica como zona de risco. Os nove músicos que integram o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL) ainda foram para o aeroporto, mas as autoridades locais de saúde da Alemanha desaconselharam a viagem porque sem teste feito à Covid-19 podiam até nem ter hotel para ficar.
“Só passou a ser obrigatório fazer o teste poucas horas antes da viagem e, mesmo que o fizéssemos, não tínhamos o resultado em tempo útil”, revela à Renascença Ricardo Mateus, um dos músicos do GMCL.
O grupo ainda esteve em negociações para ver se conseguia uma exceção e viajar para a Alemanha, mas a resposta foi sempre negativa.
O concerto estava marcado para esta sexta-feira à noite, mas os músicos do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa tinham ainda marcado um workshop com alunos da escola superior de música de Weimar, “uma tarefa pedagógica para ensinar e divulgar a música contemporânea portuguesa aos mais novos”, refere Ricardo Mateus.
Por agora, tudo vai ficar adiado. Ainda houve uma tentativa para reagendar o concerto e a aula, mas a incerteza quanto à evolução da pandemia aconselha a não fazer planos para o futuro.
Grande parte do dinheiro que iam receber foi já gasto nas viagens de avião e não vai ser devolvido.
Um dos objetivos deste grupo, que é financiado pela Secretaria de Estado da Cultura, é precisamente manter contactos no estrangeiro para dar a conhecer no exterior a música contemporânea portuguesa.
O GMCL foi fundado em 1970 por Jorge Peixinho, com colaboração de alguns músicos portugueses que trabalhavam em conjunto para a realização de uma série de concertos na Fundação Calouste Gulbenkian.