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As ministras de Estado e da Presidência e da Saúde reúnem-se com epidemiologistas hoje, ao fim da tarde, numa altura em que aumenta a pressão para o encerramento das aulas presenciais do terceiro ciclo e do secundário.
Fonte do Governo referiu à agência Lusa que esta reunião de Mariana Vieira da Silva e Marta Temido com os epidemiologistas que habitualmente participam nos encontros com o Governo, Presidente da República e partidos, no Infarmed, em Lisboa, antecede o Conselho de Ministros desta quinta-feira.
A reunião do Infarmed está marcada para terça-feira da próxima semana.
O primeiro-ministro, António Costa, que se encontra em Bruxelas, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, reunir-se-à com as ministras de Estado e da Presidência e da Saúde logo após chegar a Lisboa esta noite.
Na terça-feira, durante o debate sobre política geral na Assembleia da República, António Costa admitiu a possibilidade de se proceder a um encerramento de escolas caso fique demonstrado que a variante inglesa do novo coronavírus, que é mais contagiosa, se está a tornar dominante nos estabelecimentos de ensino.
"Neste momento, estamos a bater-nos para manter as escolas abertas, já que sabemos o enorme custo social que representa fechá-las. Na quarta-feira [hoje], vamos iniciar uma campanha de testes rápidos em todas as escolas, tendo em vista reforçar a segurança", disse em resposta ao presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Adão Silva.
Logo a seguir, no entanto, o líder do executivo advertiu que, "se esta semana se souber, por exemplo, que a estirpe inglesa se tornou dominante no país, então, muito provavelmente, terão mesmo de fechar as escolas".
Em relação a uma eventual suspensão das aulas presenciais, o Presidente da República indicou na terça-feira que no dia 26 deste mês haverá nova reunião com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa, e que nessa mesma tarde receberá no Palácio de Belém os partidos com representação parlamentar.
No entanto, face ao rápido crescimento diário do número de infetados, do número de internamentos e de óbitos em Portugal, dentro da direção do PS, assim como no Governo, admite-se já que esse calendário de decisão em relação às escolas possa ser antecipado.
Numa altura em que Portugal atravessa a pior fase da pandemia, Manuel Carmo Gomes adianta que a nova variante do SARS-CoV-2, inicialmente detetada no Reino Unido, está a aumentar em Portugal.
De acordo com o relatório do INSA, submetido na página virological.org, a proporção da variante aumentou a um ritmo de 70% por semana, o que leva os investigadores a assumir que, se assim se mantiver, a proporção de casos da nova variante pode atingir os 60% na primeira semana de fevereiro.
O boletim diário da Direção-Geral da Saúde indica que, nas últimas 24 horas, registaram-se mais 219 mortes e 14.647 novos casos de Covid-19. Estes números representam novos máximos diários, quer de vítimas mortais, quer de novas infeções.
O número de internamentos está à subir desde 1 de janeiro, dia em que estavam internadas 2806 pessoas.
Desde o início da pandemia morreram em Portugal 9.465 pessoas dos 581.605 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.