A Câmara de Matosinhos aumentou as equipas afetas à destruição de ninhos de vespas asiáticas e vai começar a aplicar novos métodos de destruição para fazer face ao aumento de casos, disse esta terça-feira o vereador da Proteção Civil.
A partir de agora, a autarquia, que tinha apenas uma equipa de combate à vespa asiática - composta por um técnico e dois operacionais e munida de equipamentos de proteção individual, carro-grua e queimadores - passa a ter cinco, depois de dotar as quatro corporações de bombeiros de meios de combate, referiu o autarca, à margem da entrega dos novos equipamentos.
José Pedro Rodrigues explicou que as corporações do concelho, no distrito do Porto, foram dotadas com materiais de queima, fatos simples e equipamentos de proteção individual.
"De realçar que o combate à vespa asiática em Matosinhos é feito com recurso a meios próprios", realçou.
Além deste reforço, o vereador da CDU contou que a câmara vai ainda adotar novas formas de destruição de ninhos, dado o principal meio de combate ser feito por queima, obrigando os operadores a trabalharem em locais de difícil acesso e a grandes altitudes.
Por isso, as equipas vão começar a utilizar inseticidas em formato de pastilha para os locais onde não seja possível fazer queimas, inseticidas em formato de aerossol (spray) para repelir e destruir pequenos ninhos ou aglomerados de vespas e uma arma de paintball adaptada para o uso de pequenas esferas congeladas com inseticidas para situações de ninhos inacessíveis, revelou.
José Pedro Rodrigues justificou o recurso a novos meios para eliminar de forma "mais robusta e eficaz" os ninhos de vespas que não pararam de aumentar no concelho desde 2015.
Explicando que Matosinhos não é o primeiro município do país a utilizar novas formas de combate, o vereador da Proteção Civil revelou que os novos métodos estão todos indicados para esta aplicação.
Desde 2015, Matosinhos já destruiu 857 ninhos, dos quais 114 nesse ano, 144 em 2016, 173 em 2017, 176 em 2018 e 250 em 2019.
Devido a este aumento é que o município entendeu evoluir para mais meios humanos e novas técnicas de combate, sublinhou.
"Temos vindo a cartografar todas as eliminações para perceber o raio de propagação e os fatores que contribuirão para esta multiplicação para traçar a melhor forma de combate", vincou.
O primeiro ninho de vespa asiática detetado em Matosinhos foi a 25 de julho de 2013, recordou.