O líder da bancada parlamentar do PS critica a oposição pela intenção de eliminar o adicional ao imposto sobre produtos petrolíferos (ISP). Para Carlos César, "dá a ideia de que abriu a época oficial de caça ao voto".
“Todos agora acham que tudo deve ser mais barato, que todos os benefícios devem estar em presença”, afirmou Carlos César.
O líder da bancada socialista faz um apelo ao sentido de responsabilidade de todos os partidos, no dia em que o Parlamento discute e vota iniciativas de Bloco, PCP, PSD e CDS.
“Veja-se, por exemplo, o Bloco de Esquerda. Ainda há duas semanas, o Bloco de Esquerda disse no Parlamento que uma matéria desta natureza, pela sua importância, devia ser discutida no âmbito da negociação do Orçamento do Estado e, alguns dias depois, correu atrás da caça ao voto. Essa matéria tem que ser vista com maior sentido de responsabilidade e o nosso apelo é, da extrema esquerda à direita, que seja visto e ponderado de uma forma responsável”, declarou.
No final da reunião da bancada do PS, Carlos César defendeu que a questão da política fiscal dos combustíveis seja tema do próximo Orçamento para 2019.
Carlos César aproveitou também para rejeitar a existência de qualquer revolta na sua bancada contra o acordo de concertação social.
No debate desta tarde, na Assembleia da República, o PS repetiu que a proposta para eliminar o adicional ao imposto sobre produtos petrolíferos é eleitoralista.
O deputado socialista Carlos Pereira acusa o CDS, que propôs este debate, de também participar na época de "caça ao voto".
"Quer reduzir os apoios aos investimentos nos hospitais? Na habitação? À escola pública? O que é que o senhor deputado quer fazer? Qual é a alternativa que tem sobre esta matéria?", atirou Carlos Pereira.
Na resposta, o deputado do CDS Luís Pedro Mota Soares retribuiu a acusação de eleitoralismo e acusou o PS de prometer descer os impostos antes das eleições, mas ser o responsável "pela maior carga fiscal de sempre".