Há cada vez mais crianças nas creches e a perspetiva para o regresso ao jardim de infância e ensino pré-escolar é também muito boa. É o que diz o presidente da Confederação das Instituições Particulares de Solidariedade Social (CNIS).
“A ocupação tem sido crescente”, afirma Lino Maia. “Fizemos uma consulta a todas as instituições com creches com uma participação muito significativa e o que verificámos foi que, se no dia 18 não foram muitas as que abriram – muitas foi uma abertura mais simbólica – o número foi aumentando e neste momento, até sexta-feira, há uma média de 11 crianças por creche”, revela nesta segunda-feira, na Renascença.
Para esta segunda-feira, o presidente da CNIS prevê que o número de crianças nas creches aumente (“para as 18 ou mais”) e que a adesão ao pré-escolar também seja elevada.
“Não vai ser a 100%, mas estaremos muito perto”, afirma, confiante. “Praticamente todos os espaços estão em condições para abrir”, segundo “a sondagem feita [às instituições] por todo o país”.
Segundo o responsável, “nalguns casos, houve necessidade de algumas adaptações, porque houve instalações de infantários que foram necessárias para as creches”.
“Era conveniente” testar funcionários
Se nas creches, todos os funcionários foram testados à Covid-19 antes da reabertura, o mesmo não se passou no ensino pré-escolar. O padre Lino Maia lamenta a decisão do Governo.
“Era conveniente” que fossem testados. “Teria sido bom, para haver mais tranquilidade”, defendeu em entrevista ao programa As Três da Manhã.
Ainda assim, o presidente da CNIS está confiante de que tudo irá correr bem.
“Penso que os riscos existem, mas não serão significativos”, diz, defendendo que os trabalhadores têm e vão ter os cuidados necessários.
Além disso, “houve uma grande distribuição de equipamentos de proteção individual, que continua a haver, e há um muito bom acompanhamento dos dirigentes”, destaca.
Instituições abertas em agosto?
O padre Lino Maia mostra-se favorável à manutenção das creches e jardins de infância abertos durante as férias de verão.
“Há disponibilidade por parte das instituições para o fazer. Estas instituições estão ao serviço da comunidade e como este ano há ‘a estação da pandemia’, baralha muito os horários e as férias das pessoas, pelo que é necessária uma conciliação entre vida familiar e profissional”, sustenta.
“Vamos precisar de um sinal positivo da parte do Governo, mas há vontade da parte das instituições para que tudo possa decorrer dentro da possível nova normalidade”, reforça.
O ensino pré-escolar volta a receber crianças nesta segunda-feira, dia 1 de junho, que também marca o início da terceira fase de desconfinamento do país nesta época de pandemia criada pelo novo coronavírus.