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A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) continua a insistir na necessidade de reduzir o IVA cobrado nos serviços de alimentação e bebidas.
“Não é por teimosia nossa; é porque, de facto, esta medida foi aplicada em vários países durante a pandemia e o resultado foi a possibilidade de as empresas ganharem tesouraria de forma direta, universal e sem constrangimentos”, explica a secretária-geral da AHRESP, em entrevista à Renascença.
“Era o que as nossas empresas precisavam, mas por cá nunca foi preconizada”, sublinha Ana Jacinto.
A responsável lembra que, em julho de 2016, houve uma redução de 23% para 13% nalgumas bebidas (água lisa e cafetaria) e o Governo chegou a pedir uma autorização legislativa para que, a qualquer momento, fosse possível pôr todos os produtos a 13%.
“Esta autorização legislativa esteve presente, salvo erro, em dois Orçamentos dos Estado e depois acabou por cair, sem que a redução se concretizasse. Ou seja, temos alguns produtos à taxa de 13% e outros de 23%. É a maior confusão, ninguém se entende”, afirma a secretária-geral da AHRESP.
Esta é uma reivindicação de que a associação não desiste e, na opinião de Ana Jacinto, só não é concretizada porque o Governo não quer. “Por via da inflação há uma folga orçamental significativa. São opções políticas", conclui.