O número número de insolvências aumentou, no primeiro semestre do ano, ao mesmo tempo que caiu o número de novas empresas. novas
Lisboa e Porto são os distritos mais afectados. Em junho, fecharam 559 empresas, mais 52% que em igual periodo do ano passado. Nos primeiros seis meses do ano faliram 2.749 empresas.
De acordo com a Iberinform, filial da Crédito y Caución, um dos principais operadores globais em seguro de créditos, com a covid-19 as falências estão a superar os números de 2019, mas continuam abaixo dos valores de anos anteriores: no total do semestre registou-se um aumento de 7,5% das insolvências (2.749).
“Este valor apresenta-se inferior aos totais registados no primeiro semestre de 2017 (3.391) e de 2018 (3.067)”, diz a empresa
A nível mensal, em junho fecharam mais 191 empresas que no período homólogo de 2019, “mas menos 41 que em maio”.
Por região, “Lisboa e o Porto são os distritos que apresentam o valor de insolvências mais elevado, com 568 e 687 casos, respetivamente. Face a 2019, verifica-se um aumento de 8,8% em Lisboa e de 7,7% no Porto”, diz a Iberinform. “A maioria dos distritos continua a revelar um aumento de insolvências (59,1%). Entre os distritos com maiores aumentos percentuais encontram-se: Angra do Heroísmo (142,9%), Castelo Branco (69,2%), Beja (50%), Faro (44,7%), Viana do Castelo (30,6%) e Ponta Delgada (23,5%)”.
Há dois sectores que estão a escapar a esta tendência de encerramentos: a Indústria Extrativa, com um decréscimo de 42,9% nas insolvências, face a 2019, e a Construção e Obras Públicas (-7,6%).
Novas empresas diminuem mais de 18%
Mesmo com a crise pandémica, há empresas a serem criadas, “ainda que, quando comparado com o ano anterior, o número de constituições seja consideravelmente menor".
"O nascimento de novas empresas já se começa a revelar, após uma quebra notória durante os meses de confinamento."
Segundo as contas da Iberinform, "em junho foram criadas 2.641 novas empresas, menos 597 que no período homólogo de 2019 (-18,4%). Contudo, este valor traduz um aumento de 21,4% face a maio“.
"O primeiro semestre de 2020 fecha com um total de 18.076 constituições, menos 9.471 que em 2019 (-34,3%). Em termos históricos, o acumulado do ano 2020 é muito inferior ao dos anos anteriores: 24.648 em 2018 e 27.547 em 2019”, conclui.
Mais uma vez, é em Lisboa e Porto que surge o maior número de novas empresas (4.724 e 3.341, respetivamente), enquanto que os maiores decréscimos verificaram-se em Aveiro, na Guarda e na Madeira.