Do lado de lá das grades, dentro das celas, entre reclusos, há nesta altura zero casos de covid-19, revela à Renascença a Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais DGRSP).
O único caso positivo tratou-se o de uma reclusa brasileira, detida quando tentava entrar em Portugal com um quilo de cocaína, no passado mês de Março.
‘A reclusa que ficou internada no Hospital Prisional de São João de Deus, em Caxias, já teve alta clínica na sequência de ter testado negativamente por duas vezes’ explica a DGRSP.
Sete profissionais infectados
Quanto aos profissionais dos estabelecimentos prisionais, "até ao momento, houve 11 trabalhadores do sistema prisional que acusaram positivo à Covid-19, tendo todos eles ficado, de acordo com orientações da saúde pública, em tratamento/recuperação nos respetivos domicílios", afirma a DGRSP.
Dos 11 infectados, quatro já tiveram alta clínica , após dois testes negativos, restando sete trabalhadores em recuperação .
Libertação de reclusos
Entre os dia s11 e o dia 22 de abril, foram libertados por perdão 1.132 reclusos e saíram, para casa, 412 reclusos em Licença de Saída Administrativa Extraordinária (saída Precária)
Diz a DGRSP que "a saída destes reclusos permite já criar, com maior facilidade, espaços de separação e promover melhor o distanciamento social entre reclusos nos espaços comuns", assim como "a criação de zonas de proteção para reclusos que, pela idade e patologias, a OMS define como vulneráveis. Esta medida mostra-se agora de mais fácil e de segura execução".
Mantém-se, no entanto, a "suspensão provisória de actividades formativas e de trabalho, bem como de visitas".