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O planeta ainda está longe de alcançar a imunidade coletiva ao novo coronavírus que permita que um grande número de pessoas com anticorpos impeça a propagação da doença covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A imunidade de grupo a um vírus é normalmente alcançada com a vacinação e a maioria dos cientistas estima que pelo menos 70% da população deve ter anticorpos para prevenir um surto.
"Não devemos viver na esperança de alcançar a imunidade coletiva", afirmou o diretor de emergência sanitária da OMS Michael Ryan, na conferência de imprensa desta terça-feira, em Genebra.
"Como população global, não estamos nem perto dos níveis de imunidade necessários para impedir a transmissão desta doença. Esta não é uma solução e não é uma solução que devemos procurar", acrescentou.
A maioria dos estudos indicam que apenas cerca de 10% a 20% das pessoas têm anticorpos ao novo coronavírus.
Para Bruce Aylward, conselheiro do diretor-geral da OMS, qualquer campanha de imunização em massa com uma vacina para a covid-19 teria como objetivo cobrir muito mais de 50% da população mundial.
"Queremos alcançar uma alta cobertura [de anticorpos] e não nos iludirmos por uma sugestão perigosamente sedutora de que a imunidade de grupo pode ser baixa", sustentou.
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte a pelo menos 774.832 pessoas e infetou mais de 21,9 milhões em todo o mundo, desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, baseado em dados oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, até às 11h00 de hoje, de Lisboa, já morreram pelo menos 774.832 pessoas e há mais de 21.936.820 casos infetados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.
Pelo menos 13.623.700 casos foram considerados curados pelas autoridades de saúde.