O melhor do primeiro debate televisivo entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes bem pode ser a certeza de que haverá um segundo para discutir o que realmente interessa. Ainda assim, na contagem decrescente das eleições para a liderança do PSD, Nuno Botelho defende que o primeiro confronto Rio-Santana foi dirigido menos para o país e mais para os militantes que votam no próximo sábado, dia 13. Debate de pouco futuro e pouco passado.
No Conversas Cruzadas deste domingo, Nuno Botelho, empresário e presidente da Associação Comercial do Porto, enquadra no contexto da afirmação partidária a acusação de Santana à presença de Rui Rio na "Associação 25 de Abril" para dizer que “o país precisava de refundar a democracia”.
Já o economista Luís Aguiar-Conraria defende que Rui Rio disse a verdade sobre um problema estrutural do Ocidente e que esse argumento não deve ser usado contra a candidatura do antigo presidente da Câmara do Porto.
Por seu turno, Manuel Carvalho da Silva anota: “pelo que vou ouvindo o favoritismo é de Santana Lopes”, sublinhando que os candidatos têm currículo e trajectória pública, mas não políticas alternativas. Os militantes do PSD votam no próximo sábado.
No Conversas Cruzadas deste domingo ainda em debate o veto presidencial às alterações na lei de financiamento dos partidos e o mais recente barómetro do Observatório sobre Crises e Alternativas, do CES da Universidade de Coimbra sublinhando que “a retoma económica continua a assentar bastante no turismo e em actividades em que a produtividade, as condições de trabalho e as remunerações são baixas”.