O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) emitiu, esta terça-feira, um pré-aviso de greve ao trabalho suplementar na TAP entre 28 de março e 30 de julho.
Em comunicado enviado às redações, o sindicato reclama o pagamento dos aumentos previstos no novo acordo de empresa e acusa a companhia aérea de "um profundo desrespeito".
O SINTAC foi um dos sindicatos que assinou com a administração da companhia aérea um acordo que previa aumentos salariais entre 6% e 10%, com retroativos a julho de 2023, "com efeitos retroativos a julho de 2023", relembra o sindicato na nota.
"Ao contrário do que ocorreu com outros trabalhadores, a TAP não cumpriu com o compromisso assumido de proceder aos pagamentos acordados no processamento de fevereiro 2024. Tal omissão representa um profundo desrespeito por aqueles que, com muito sacrifício pessoal, ajudaram a recuperar os resultados da empresa e concomitantemente com o Sindicato que os representa", justifica a estrutura sindical.
O pré-aviso de greve a todo o trabalho suplementar tem início às 00h00 horas do dia 28 de março e termina a 30 de julho.
O sindicato informa ainda que "serão assegurados os serviços necessários à segurança e manutenção de equipamento e instalações”.
Os novos acordos de empresa tiveram de ser negociados com todos os sindicatos representativos dos trabalhadores da companhia, após os anteriores terem sido denunciados para que pudessem entrar em vigor os acordos temporários de emergência, que permitiram a aplicação de cortes salariais, no âmbito do auxílio de Estado e do plano de reestruturação, no seguimento das dificuldades causadas pela pandemia de covid-19.
No final de fevereiro, outro sindicato, o dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), acusou a TAP de aplicar os novos acordos de empresa excluindo o pessoal de terra, o que classificou como um “irresponsável episódio” que deixará marcas.