CDS repudia a “banalizada familiaridade” no Governo
25-04-2019 - 10:54

Anacoreta Correia fez discurso de defesa de uma política personalista e de ataque ao governo socialista.

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O deputado do CDS, Anacoreta Correia, fez um discurso de ataque ao Governo e em defesa do que chamou o campo e as pessoas durante a cerimónia na sessão solene de 45 anos do 25 de Abril.

“A promiscuidade com o poder, seja de âmbito económico, partidário ou familiar, é incompatível com a dignidade democrática e atraiçoa abril”, afirmou Filipe Anacoreta Correia, o deputado escolhido pelo CDS para discursar.

“O que precisamos ainda de ver, para ouvir um pedido de desculpas – por parte de um governo, um partido ou um regime – pelo escândalo do que foi tirado aos portugueses em compadrios políticos e económicos que destruíram riqueza e atiraram empresas como a CGD, o BES ou a PT para perdas que todos suportamos”, questionou o deputado, gerando um burburinho na sala de sessões.

Anacoreta Correia fez questão de se referir a vários casos do atual governo – como os incêndio, Tancos, o estado das urgências hospitalares, sobretudo de pediatria oncológica – para exigir que o país seja servido “com uma ética exigente, um escrutínio constante e um horizonte mais amplo que o mero ciclo eleitoral ou mediático”.

E quanto a ciclos elitorais, o deputado do CDS também fez questão de se referir a um dos assuntos com que o CDS tem procurado marcar a pré-campanha para as eleições europeias: a eventual criação de taxas europeias. “Somos contra o desaparecimento do Estado e, mesmo no âmbito do projeto europeu, entendemos que não podemos prescindir da palavra que nos cabe, nomeadamente quandto à eventual criação de impostos europeu”, afirmou o deputado, que terminou o discurso a pedir medidas de promoção da natalidade e de apoio aos cuidadores informais, medidas de apoio ao investimento e ao dinamismo empresarial e requalificação dos portugueses para as competências digitais.

“A globalização, o envelhecimento da população e as alterações climáticas representam desafios de grande dimensão, que nos obrigam a mudar de vida. Temos de o fazer hoje, porque amanhã poderá ser tarde demais”, concluiu.