O presidente da Cruz Vermelha garantiu que os donativos para as vítimas dos incêndios florestais do Verão serão todos distribuídos até ao dia de Natal.
A Cruz Vermelha recebeu, esta quarta-feira, o Prémio dos Direitos Humanos 2017 da Assembleia da República, no valor de 25 mil euros, pela sua actuação junto das populações afectadas pelos incêndios florestais, montante que será entregue às vítimas dos fogos.
"Dou aqui a garantia que até ao dia de Natal a taxa de execução dos trabalhos financiados pelos donativos à Cruz Vermelha, que ultrapassam o meio milhão de euros, será de 100%. Os donativos serão devidamente utilizados até dia 25 de Dezembro", afirmou Francisco George na cerimónia de entrega do prémio entregue pelo presidente da Assembleia da República.
Agradecendo o prémio atribuído, Francisco George anunciou que os extratos bancários discriminados com os donativos entregues à CV para apoiar as populações atingidas pelos fogos "serão publicados na página da transparência da Cruz Vermelha".
Francisco George, que é presidente da Cruz Vermelha desde Novembro, prometeu que a instituição irá continuar a dinamizar centros de emergência e que dispõe de uma unidade móvel para tratamento de água que pode transformar linhas de água contaminadas ou poluídas num sistema de água de qualidade para consumo humano.
Papel
“único e insubstituível”
"No que diz respeito à acção voluntária em contextos de emergência, o papel da Cruz Vermelha é realmente único e insubstituível. Vimos isso uma vez mais este ano, em Portugal, com a resposta dada no contexto trágico dos incêndios florestais", afirmou presidente da Assembleia da Republica, num breve discurso, na cerimónia de entrega do prémio, na Assembleia da República, em Lisboa.
Para Ferro Rodrigues, a acção da Cruz Vermelha foi visível este Verão "através do reforço de meios de emergência, na participação em equipas de socorro e transporte, de apoio psicológico, logístico e de sobrevivência às populações desalojadas ou deslocadas" ou ainda no trabalho de "recuperação e retorno à normalidade" populações afectadas pelos incêndios.
Por isso, no fim do discurso, em nome da Assembleia da República, "onde está representado o povo português", afirmou: "Muito obrigado, Cruz Vermelha Portuguesa".
Os incêndios florestais deste Verão fizeram mais de 100 mortos, centenas de feridos e causaram milhares de euros de prejuízos.