Joaquim Miranda Sarmento é o novo ministro de Estado e das Finanças do XXIV Governo Constitucional, liderado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, que toma posse a 2 de abril. Vai herdar o excedente orçamental deixado pelo Governo socialista.
Foi até agora líder parlamentar do PSD. Chegou a ser rotulado como o "Mário Centeno de Rui Rio", desempenhou funções como assessor económico do ex-Presidente da República Cavaco Silva. Trabalhou no Ministério das Finanças e foi consultor da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).
Foi até fevereiro comentador do programa São Bento à Sexta, da Renascença onde fez contraponto com Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar do PS e, por diversas vezes, defendeu a governação de Pedro Passos Coelho nos anos da troika.
Tendo ficado conhecido como o "Centeno" de Rui Rio, foi com o então líder do PSD que entrou para o Parlamento. Luís Montenegro não abdicou dele e escolheu-o para líder parlamentar.
Miranda Sarmento foi sempre muito contestado internamente na liderança da bancada e chegou a dizer na Renascença que se manteria no cargo enquanto tivesse o apoio da "esmagadora maioria" dos deputados do PSD.
Repetia muitas vezes, em privado e publicamente, que se tivesse de sair da política "é só atravessar a estrada". É o caminho entre a Assembleia da República e as instalações do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), onde há muitos anos dá aulas.
Era conhecida a sua ambição em tutelar a pasta das Finanças e ganha peso político pelo caminho ficando também como ministro de Estado. O modo como geriu o episódio da eleição de Aguiar-Branco para presidente do Parlamento não lhe estragou os planos.