A pouco mais de um mês de Lisboa receber a Jornada Mundial da Juventude, os retalhistas da área alimentar garantem que nada vai faltar aos peregrinos.
O diretor geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (Aped) diz que os retalhistas estão empenhados em facilitar a vida dos jovens, com reforço de equipas e prateleiras cheias.
Em declarações à Renascença, Gonçalo Lobo Xavier afirma que foram feitos grandes investimentos.
“É um investimento muito grande por parte dos nossos retalhistas, para que não faltemos com as nossas responsabilidades, sobretudo nas lojas do retalho alimentar. Disponibilizando mais produto, tendo acesso mais facilitado aos peregrinos, temos tecnologia com QR Code para evitar as filas, temos reforço das equipas para os dias mais concorridos da semana das jornadas”, explica.
Para os peregrinos não perderem tempo nas compras, há retalhistas que vão disponibilizar um kit com bens considerados essenciais, que responde ao pedido feito pela JMJ.
“Vão disponibilizar nas lojas o chamado Kit peregrino, que é uma forma fácil e rápida dos peregrinos terem acesso a um kit com fruta fresca, alimentação específica, que já está previamente definido, e que está de acordo com o pedido que as Jornadas Mundiais da Juventude fizeram”, destaca.
Os retalhistas alimentares vão fazer uma grande aposta em refeições práticas e nutritivas, para facilitar a vida aos jovens peregrinos.
Segundo Gonçalo Lobo Xavier, “há uma aposta muito grande em refeições prontas que sejam fáceis, que sejam económicas, mas que respondam às necessidades deste tipo de iniciativas, que sejam equilibradas e fáceis de utilizar”.
Lojas com horário alargado
Tudo feito a pensar no peregrino. Mas ainda faltam soluções para facilitar o acesso às lojas por parte dos trabalhadores. Com milhares de jovens pela cidade de Lisboa, temem constrangimentos nas deslocações de quem quer ir para o trabalho. O diretor geral da APED admite mesmo que há retalhistas preocupados.
“Preocupados porque vamos ter muitas limitações, digamos assim, no acesso ao perímetro onde se vão realizar as jornadas”, diz o diretor geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.
“Isso não é um problema para as primeiras equipas da manhã, porque vão entrar nas nossas lojas, mas não posso deixar de dizer que estamos preocupados, embora tenhamos estado em contato com a Câmara Municipal e com as autoridades, com o segundo turno das equipas, porque podem ter dificuldades de acesso às lojas durante o dia. Mas estamos em crer que vamos arranjar soluções”, assinala.
Entretanto, as lojas vão poder alargar o horário, de acordo com indicação dada pela Câmara de Lisboa, mas isso vai depender do interesse de cada uma.
“A maioria das lojas já estava a disponibilizar horários a partir das 8 da manhã e com fecho às 21. É provável que nalgumas lojas específicas este horário seja alargado, mas isso é da responsabilidade e é da política comercial de cada um dos nossos retalhos”, conclui.