Cardeal Patriarca acredita que o "crente" Marcelo saberá o que fazer com a lei da Eutanásia
16-06-2022 - 21:15
 • Ana Catarina André com Renascença

O Cardeal Patriarca de Lisboa voltou a condenar, nesta quinta-feira, a legalização da morte medicamente assistida e a interrupção voluntária da gravidez.

O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, acredita que o Presidente da República vai saber o que fazer com a lei de descriminalização da Eutanásia.

"Como crente e católico convicto, há de resolver da melhor maneira que souber", disse, ouvido pela Renascença, esta quinta-feira, no final da procissão do Corpo de Deus, em Lisboa.

"Estamos cá com ele", realçou, ainda.

O Cardeal Patriarca de Lisboa voltou a condenar, nesta quinta-feira, a legalização da morte medicamente assistida e a interrupção voluntária da gravidez.

Durante a missa do Corpo de Deus, que hoje se assinala, D. Manuel Clemente defendeu a integralidade da vida, da conceção à morte natural.

“Correspondendo na prática ao que proclamamos, compreendemos também que celebrar a solenidade de hoje é levá-la à consequência necessária em tudo quanto cada pessoa nos requer da vida à saúde, do pão à morada, do trabalho ao descanso”, afirmou durante a homilia.

A Assembleia da República aprovou na quinta-feira, na generalidade, os quatro projetos do PS, BE, IL e PAN que regulam a despenalização da morte medicamente assistida e que seguiram para o trabalho na especialidade.

Na votação dos quatro diplomas posicionaram-se a favor a maioria dos deputados da bancada do PS e ainda o BE, Iniciativa Liberal e os deputados únicos do Livre, Rui Tavares, e do PAN, Inês Sousa Real.

As bancadas do Chega, do PCP e a esmagadora maioria dos deputados do PSD votaram contra.