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A partir de quarta-feira, as temperaturas vão descer entre 4 e 9 graus em Portugal continental, devido a uma massa de ar continental mais fria e seca.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para segunda e terça-feira prevê-se céu pouco nublado ou limpo temporariamente com alguma nebulosidade na zona fronteiriça da região norte durante a tarde e as temperaturas não vão sofrer alterações relativamente ao que têm estado nos últimos dias.
“Depois, na quarta-feira e previsivelmente até pelo menos ao dia 20 ou 21 [sexta-feira ou sábado], vamos ter frio mais a sério porque neste momento o que temos a afectar o continente é uma massa de ar polar que vem na circulação do anticiclone que está localizado a noroeste da Península Ibérica e gradualmente até quarta-feira esse anticiclone vai-se estender em direcção ao interior da Europa, principalmente Europa de norte”, disse à agência Lusa a meteorologista Maria João Frada.
O anticiclone vai ter um posicionamento diferente dando origem a uma corrente de leste com transporte de uma massa de ar continental, portanto mais fria e seca.
“Já não vai ser polar, vai ser uma massa de ar com características termodinâmicas e ar Árctico, ou seja, é mais seca e fria relativamente ao que temos tido até agora. Por isso, prevê-se, com um grau de probabilidade muito elevado, que a partir de quarta-feira ou exactamente na quarta-feira haja uma descida significativa da temperatura quer da mínima quer da máxima”, explicou.
Na sequência desta massa de ar fria e seca, está prevista, segundo Maria João Frada, uma descida da temperatura mínima da ordem dos 4 a 6 graus e uma descida das máximas de 7/8 ou 9 graus.
“As mínimas serão de zero graus junto ao litoral. Nas regiões do interior serão inferiores a zero, variando entre -03 e -07 graus no interior norte e centro. As máximas não vão ultrapassar os 10 graus, com excepção do Algarve onde podem chegar aos 12/14 graus. No interior haverá sítios onde serão mesmo inferiores aos 5 graus”, disse.
“No entanto, estamos a prever geada no litoral e como a humidade é relativa é provável que haja geada negra [geada com características que leva à destruição da planta]”, disse.