O advogado de Paulo Gonçalves, Carlos Pinto Abreu, chegou, durante a tarde desta quarta-feira, ao Campus da Justiça de Lisboa, sem prestar declarações aos jornalistas.
O assessor jurídico da SAD do Benfica, que foi detido, na terça-feira, por suspeitas de corrupção ativa, no âmbito da operação "e-toupeira", será ouvido, ao início da tarde desta quarta-feira, a partir das 14h00, por um juiz, no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
Também José Nogueira da Silva, técnico informático do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça e igualmente detido no contexto da operação "e-toupeira", prestará declarações a um juiz.
O advogado de José Silva, Paulo Gomes, também chegou ao Campus da Justiça de Lisboa ao início da tarde e confirmou os crimes de que o seu cliente, que "não admitiu ligações ao Benfica", a não ser como adepto, está imputado: violação do segredo de justiça, acesso informático sem autorização legal, corrupção e favorecimento pessoal.
"Fui contratado pela família do José Silva", frisou Paulo Gomes, quando questionado se estava a representar o cliente a convite do Benfica. "Não deixa de nos surpreender que haja um alarido tão grande à volta de uma violação de um segredo de justiça, num processo que é público e que está na comunicação social a toda a hora. Mas é o que é e nós cá estaremos para analisar e para ver os elementos de prova que existem e aquilo que lhe é imputado e o arguido defender-se-á."
Ao que a Renascença apurou, a Benfica SAD pode vir a ser constituída arguida. A decisão não foi ainda tomada, mas os investigadores não descartam essa possibilidade, caso venham a obter indícios suficientes de que Paulo Gonçalves agiu no interesse do Benfica. A hipótese está em aberto desde que a operação foi planeada e continua em cima da mesa.
[notícia atualizada às 14h46]