Londres expandiu, esta terça-feira, a zona de emissões ultrabaixas da cidade a toda a região londrina, incluindo as zonas de Heathrow e Wimbledon. A circulação de carros que não cumprem as regras de poluição custa mais de 14 euros.
O presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan, decidiu em 2022 alargar o regime a quase toda a área da Grande Londres. Com este alargamento, a ULEZ passou a abranger mais cinco milhões de pessoas, nomeadamente habitantes de bairros periféricos, mais pobres, e com menos ligações, mas também as zonas de Wimbledon e do aeroporto de Heathrow.
A aplicação das regras desta zona implicam a cobrança da taxa diária de 12,50 libras (mais de 14,5 euros) aos condutores dos veículos que não cumprem as normas, cujo objetivo é combater a poluição e melhorar a qualidade do ar.
A expansão da zona de emissões ultrabaixas (ULEZ, na sigla britânica) foi tema de controvérsia nos últimos meses, apenas sendo confirmada após o Tribunal Superior de Londres considerar a medida legal.
A medida afetou a campanha para a eleição suplementar no antigo círculo eleitoral londrino do ex-primeiro-ministro Boris Johnson, que o Partido Conservador venceu. O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, discordou publicamente da expansão da zona de emissões ultrabaixas - apesar desta ter sido inicialmente introduzida por Boris Johnson, quando presidia à Câmara de Londres.
O alargamento da ULEZ londrina inclui medidas de compensação, como um programa de abate de veículos - que atribui um máximo de 2.000 libras por veículo. A Câmara de Londres aponta que cerca de 90% dos carros que circulam na zona agora abrangida pelas regras de emissões já respeitam as normas.
O regime implica a cobrança da taxa de circulação a carros e carrinhas a gasóleo que não cumprem o padrão Euro 6 (de 2015), carros e carrinhas a gasolina que não cumprem o padrão Euro 4 (de 2006), ou motos que não cumprem o padrão Euro 3.