Nos cenários explorados pela imprensa desta manhã, desenha-se, desde logo, a aprovação do primeiro Orçamento do Estado. Os restantes da legislatura terão de ser negociados.
Entre o Partido Socialista (PS) e o Bloco de Esquerda (BE), os compromissos serão, nesta fase, mais concretos do que entre socialistas e PCP.
PS e BE alinham na reposição integral de salários na Função Pública já em 2016. Por outro lado, os socialistas abandonam o corte na Taxa Social Única, indo assim ao encontro do PCP que, em campanha, acusou o PS de querer baixar as contribuições para a Segurança Social, o que se traduziria em pensões mais reduzidas para a próxima geração de reformados.
Legislação do aborto, adopção por casais do mesmo sexo, exames nacionais do primeiro ciclo e concessão de hospitais às Misericórdias são temas que “nunca ficarão na mesma”, de acordo com a garantia deixada nas últimas horas pela porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
Menos pacífica é a questão do aumento do salário mínimo nacional, um tema em que as divisões ainda não foram superadas.