O diretor-geral do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, defendeu, esta sexta-feira, que a FIFA exclua a Federação Russa de Futebol de entre os seus membros, em virtude da invasão russa a território ucraniano.
“Quando aquela gente na sede da FIFA se senta e olha pela janela para o lago Leman [Suíça], provavelmente vê uma realidade alternativa. Se calhar, deviam visitar Mariupol e Kharkiv para levarem este assunto a sério”, disse Serguei Palkin, em entrevista à "Freedom".
Para Palkin, manter a Rússia na FIFA, “quando todo o mundo está contra, é estranho e não cabe na cabeça de ninguém”.
O dirigente do Shakhtar lembrou que as federações de futebol do Paquistão, Zimbabué e Quénia continuam suspensas e “estão a fazer muito menos mal do que a Rússia”.
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, que já matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
O ataque foi criticado pela comunidade internacional. A FIFA e a UEFA decidiram, em conjunto, suspender todas as equipas russas, clubes ou seleções nacionais, das suas provas "até decisão futura".