Os 39 clubes da I e II Ligas espanholas de futebol, que ficaram fora da Superliga Europeia, repudiaram por unanimidade a competição, que tinha como cofundadores Real Madrid, FC Barcelona e Atlético de Madrid.
"Os clubes presentes [17 da Liga e 22 da II Liga] rejeitam por unanimidade e energicamente os planos de criação desta competição", assinalaram, após reunião convocada pela Liga, presidida por Javier Tebas.
Em comunicado, os 39 dizem acreditar convictamente no mérito desportivo como "o único critério de qualificação para as competições internacionais de clubes, através das respetivas Ligas nacionais".
A competição anunciada no domingo e que, entretanto, sofreu duro revés com a desistência de oito clubes, previa que fosse disputada por 20 emblemas, 15 dos quais fundadores -- apesar de só terem sido revelados 12 -- e outros cinco, qualificados anualmente.
"As reações que se viram por toda a Europa, demonstram o quão importante é um ecossistema aberto no futebol e em comunhão com os adeptos", refere também o comunicado dos clubes espanhóis, assinado por todos os que integram as competições profissionais e com exceção de Real Madrid, Atlético de Madrid e FC Barcelona.
Perante as críticas, Manchester City, Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham e Chelsea iniciaram a debandada do projeto da Superliga ainda na terça-feira, seguindo-se já na quarta-feira Atlético de Madrid e Inter Milão.
AC Milan e Juventus já reconheceram a necessidade de avaliar o projeto, enquanto o FC Barcelona faz depender a sua permanência da aprovação dos sócios. O Real Madrid é o único dos 12 clubes fundadores da competição que ainda não emitiu uma posição oficial sobre o tema.
O “sonho” liderado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, juntou 12 dos principais clubes de Inglaterra, Espanha e Itália, tendo em vista a criação de uma competição anual com 20 equipas, na véspera de a UEFA revelar o formato competitivo da Liga dos Campeões, a partir de 2024/25.