A carga fiscal atingiu em 2017 o valor mais alto dos últimos 22 anos. A notícia foi avançada esta terça-feira pelo “Jornal de Negócios”, que cita dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor da carga fiscal subiu até aos 34,7% no ano passado e não era tão elevado desde 1995, ano em que o INE começou a compilar os dados sobre as contas públicas.
De acordo com as previsões do Governo, a carga fiscal deveria ficar, no máximo, nos 34,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
De acordo com o “Jornal de Negócios”, a subida da carga fiscal é explicada com a evolução dos impostos indiretos e das contribuições sociais.
O conceito de carga fiscal corresponde à soma das receitas fiscais com as contribuições sociais, em percentagem do PIB.
Francisco Sarsfield Cabral, especialista da Renascença em assuntos económicos, começa por referir que a carga fiscal aumento apesar da subida de 2,7% do PIB.
“Se o PIB subiu até poderia facilitar uma percentagem inferior, só que os impostos e as contribuições subiram mais, até por razões positivas porque com o emprego a crescer mais trabalhadores e empregadores fizeram mais descontos para a Segurança Social. Os impostos diretos até desceram, como o IRS, até caíram, mas os indiretos nem por isso: impostos sobre tabaco, álcool, combustíveis”, explica Francisco Sarsfield Cabral.